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Em um novo aceno aos evangélicos, o prefeito de São Paulo e candidato à reeleição, Ricardo Nunes (MDB), participará de um culto nesta quinta-feira (26) com o presidente da Assembleia de Deus – Ministério Belém, pastor José Wellington Bezerra da Costa. A agenda ocorre um dia após o candidato do PRTB, Pablo Marçal, divulgar um suposto apoio da igreja à sua candidatura. A Assembleia de Deus deve reforçar o respaldo a Nunes.
Na terça-feira, Marçal publicou vídeos e fotos ao lado do pastor José Wellington, depois de um culto na igreja. A Assembleia de Deus, no entanto, negou o apoio ao postulante do PRTB. Ontem, Nunes disse que Marçal apostou em uma “fake news” e que não tem o aval da igreja nem do líder evangélico.
Filha do pastor, a vereadora Rute Costa (PL) reforçou que a igreja está com Nunes. A parlamentar foi uma das cotadas para assumir a vaga de vice na chapa do prefeito.
Outro aliado evangélico de Nunes na disputa contra Marçal tem sido o pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que critica o candidato do PRTB nas redes sociais.
O prefeito tem feito uma ofensiva junto aos evangélicos, na tentativa de ampliar seu apoio nessa fatia do eleitorado. Na pesquisa mais recente do Datafolha, da semana passada, Nunes aparece com 32% das intenções de voto dos evangélicos e Marçal, com 26%. Nesse recorte, a margem de erro da pesquisa é de seis pontos percentuais para mais ou para menos e, dessa forma, os dois candidatos estão empatados tecnicamente.
A campanha de Nunes tem distribuído uma espécie de “carta aos evangélicos”, com uma cartilha intitulada “Em defesa dos princípios cristãos”, na qual o prefeito e candidato à reeleição reafirma “seu compromisso com a família”, diz ser “contra a liberação das drogas”, “contra o aborto” e “contra a ideologia de gênero”.
A propaganda traz perguntas sobre ideologia de gênero, aborto e uma suposta “doutrinação de jovens” nas escolas, que são respondidas por Nunes. Uma das perguntas afirma que há uma “geração de meninos e meninas exposta à ideologia de gênero” e o candidato do MDB diz “não aceitar isso” e afirma que, quando era vereador, impediu que o termo entrasse no plano de educação da cidade.
Outra pergunta diz que “muitas escolas estão sendo denunciadas pela prática de doutrinação de jovens”, e o prefeito afirma que “é inaceitável”. Nunes diz que as igrejas precisam ser tratadas pelo poder público como “grandes parceiras” e afirma que se as igrejas saíssem de São Paulo, “a cidade pararia”.
A cartilha exibe uma foto de Nunes com sua família e outra em que aparece ao lado do governador do Estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos). Não há menção ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que indicou o vice na chapa, Mello Araújo (PL).
Durante a gestão do prefeito, as igrejas foram beneficiadas até mesmo na lei de zoneamento, com a permissão para a construção de um megatemplo na zona oeste da capital.
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